...

...
Momento de pausa.

Saturday, March 12, 2011

Mãos

Dizem que me lêem a linha da vida na minha mão... No entanto, eu, pelas minhas mãos, traço as linhas da minha vida.

Wednesday, February 09, 2011

O dia fora longo e friorento, e eu, sentado perto da lareira, passava os momentos finais do dia com a família, bebendo um bom copo de vinho enquanto ouvia o som mais relaxante possível naquele momento. O som do silêncio. Tudo isso na companhia da mais bela mulher que algum dia conheci. A minha esposa...

Tuesday, February 08, 2011

Traço

Desenhei-te nua numa tela qualquer...
Com as mãos beijei o teu corpo de mulher.

Morreu

Morreu, pela minha mão, após minutos de prazer...
Morreu contra a loiça fria um cigarro que outrora estava a arder.

Monday, February 07, 2011

Simples, pequeno e cheio de emoção, é o coração que te trago preso na minha mão.

Tuesday, March 20, 2007

O que é a poesia

A poesia não é assim.

Não podes chegar ao pé de mim

E dizer, compõe.

A poesia tem de ser sentida

Tem de ser algo com vida,

Uma musica que a alma dispõe.

A poesia é melodia.

É fazer da palavra, sinfonia

Numa orquestra qualquer.

A poesia é delicada.

Tem de ser tratada,

Como se trata de uma mulher.

A poesia é frágil.

É uma forma ágil,

De clamar um pensamento.

A poesia é uma fotografia.

A maquina é a caneta e a grafia,

Que retratam o momento.

A poesia respira…

A poesia transpira…

A poesia é humana.

A poesia é um estado de alma.

É uma energia calma

Que ela emana.

A poesia é germinar.

É a palavra poder plantar,

E ver o texto dar flor.

Poesia é tudo o que existe,

Desde um coração triste.

Até a um cheio de amor.

Engraçado...

Engraçada que é a mente humana...

Pensa que sabe tudo, enquanto afinal nada sabe...

É triste ver a sabedoria de tanta gente...

Caminhada...

A longa caminhada que é a vida, ou que na vida damos... Passos atras de passos em busca de um incerto.

Por isso, sigo a névoa. Tal como eu, tambem ela tem destino incerto...

JAZ

Aqui me encontro... Morto...

Peço-vos não chorem... Não sou merecedor das vossas lágrimas.

Nunca na minha vida fiz nada a não ser gastar a sola na calçada.

Peço apenas sorrisos. Lindos sorrisos aquando da minha partida... Não quero uma triste despedida...

Quero que façam uma festa...

Isso mesmo. Uma grande e linda festa. Que me passem a mão pelo rosto e me dêem um beijo na testa.

Não choram por mim... Contem histórias, riam das minhas peripecias.

Na minha lápide apenas quero ver escrito o seguinte:

- Aqui JAZ o Poeta, que na sua vida tentou sempre alcançar a sua meta.

Friday, February 23, 2007

Fingir que está tudo bem

"Fingir que está tudo bem:
o corpo rasgado e vestido com roupa passada a ferro, rastos de chamas dentro
do corpo, gritos desesperados sob as conversas.

Fingir que está tudo bem:
olhas-me e só tu sabes: na rua onde os nossos olhares se encontram é noite: as pessoas não imaginam.
São tão ridículas as pessoas, tão
desprezíveis. As pessoas falam e não imaginam. nós olhamo-nos.

Fingir que está tudo bem.
o sangue a ferver sob a pele igual aos dias antes de tudo, tempestades de medo nos lábios a sorrir.
Será que vou morrer?, pergunto
dentro de mim... será que vou morrer?
Olhas-me e só tu sabes. ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer:
amor e morte.

Fingir que está tudo bem:
ter de sorrir, um oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga..."

José Luis Peixoto

Saturday, November 18, 2006

Aprender

Vinte anos passaram desde que dei os primeiros passos. Pequenos, é certo, mas foram os passos mais importantes da minha vida.

A partir daí, comecei a aprender tudo o que me rodeava. A apreciar a vida tal como ela é, pelo menos como é aos olhos de uma criança.

Aprendi a observar em vez de simplesmente olhar… Aprendi a tocar. A sentir desde a mais suave textura, até a áspera terra onde me “banhei” inúmeras vezes em inúmeras brincadeiras.

Aprendi a gostar e a amar as coisas e as pessoas como elas são, coisa que ainda hoje vou aprendendo.

Aprendi a distinguir as pessoas, as várias facetas humanas, os vários sentimentos…

Aprendi a andar de cabeça erguida mesmo errando. Mesmo com cada cabeçada minha, aprendi o que custa a vida.

Aprendi o significado de perdoar e de ser perdoado.

Aprendi a valorizar cada amizade… Como cativar, como falar com as pessoas…

Aprendi a ler nos olhos, de cada um que me rodeia, o que na alma lhes vai.

Aprendi isso tudo e muito mais…

Agora semeio cada coisa que aprendi em escritos. Desde pensamentos a ideias, para num futuro poder mostrar e talvez quem sabe ensinar, tudo isso e muito mais, da forma igual ou melhor ainda como me foi ensinado.

Agradeço a todos os professores e professoras da minha vida, pois sem eles não seria nem metade do humano que hoje sou…