...

...
Momento de pausa.

Tuesday, May 23, 2006

NUNCA DISPENSO…

Nunca dispenso a companhia de um bom livro quando tomo café. Alias, poder tirar a virgindade de cada linha, de cada pagina, com a minha escrita, é sempre um prazer. Sempre me acompanha, e eu, sempre escrevo.

Um dia mais que outros é certo, mas nunca me esqueço de ti, “porque um homem quando ama, nunca esquece…” e eu amo, eu escrevo, eu nunca esqueço.

Acompanhas-me desde sempre, nos bons e maus momentos. E claro, como é lógico, és e sempre foste meu confidente, a quem todos os meus segredos mais íntimos e puros confesso. E muito me disseste… muitos conselhos tu me deste… muito já choraste e me fizeste chorar.

A força que já me deste com as tuas sabias palavras, e a forma com que já destruíste com as mesmas.

Mas eu aceito tudo o que me dizes. Sei q o que me dizes é para o meu bem. E q me apoias em todas as decisões q tomar.

Para alguns, meras palavras trocadas, lançadas ao vento. Para nós, grandes frases sentidas e grande troca de prazeres, sentimentos e experiências.

As pessoas passam, olham e comentam o facto de estar sentado a escrever. Gosto de ver isso, alias, adoro que falem… pois enquanto eles vêm só uma pessoa nesta mesa, eu vejo-me a mim, e a ti… se bem que és muito mais humano, bem mais pessoa que eu.

Monday, May 22, 2006

ABISMO

Foi num abismo que me perdi,
Em sonhos e fantasias que sempre vivi.
Quando acordei desta vida amargurada,
Apenas senti a dor…
A grande ressaca do amor…
Vi um mundo, enfim, cruel…
Muito mais amargo que o fel.
Mas mesmo só, triste e sem nada,
Pinto o teu rosto numa tela molhada,
Pelas lágrimas que por ti deixei.

Thursday, May 11, 2006

Maos do Diabo

Pela estrada da vida,
percorria um pedaço de pecado,
um monstro inacabado.
Um jovem bem criado,
mas que ao vicio se entregou.
E num breve suspiro,
eis que desabafou.
As mãos do diabo,
meu destino traçou.

De rastos sem nada,
chorava na noite molhada,
a sorte por si criada...
Ao chão o monstro caiu,
não sobrou nada do seu castelo que ruiu.
E num breve suspiro,
eis que desabafou.
As mãos do diabo,meu destino traçou.

Amar quem?

Amar quem?
Amar ninguém,
É esta a sina que me reserva.
É este o destino pelos deuses escrito.
Viver até ao infinito,
Neste corpo de demónio maldito.

Amar quem?Amar ninguém.
Amo sempre o além.
Quem não posso tocar.
Quem não consigo chegar.
Ando sempre de viagem,
Vivo de uma constante miragem,
Em busca de ninguém.

Mas aceito.
Eu fiz a cama em que me deito.
Eu criei o meu leito.
Um colchão de lágrimas,
Um lençol de solidão.
Enchi a almofada,
Com os rancores do meu coração.

Ainda pergunto eu,
Com a alma que supostamente morreu.
Amar quem?
Amar ninguém.
Amar a estrada em que piso,
Gritando bem alto que preciso,
Que preciso de alguém.
Para depois dizer sem medo,
Amar quem?Amar quem não me ame também.